sexta-feira, 9 de maio de 2014

Aos sete meses


Já tens sete meses, filha. Como é possível? Como é que isto aconteceu assim tão rápido? Vejo-te crescer de dia para dia, a uma velocidade assustadora. Não estou nada preparada para esta rapidez. As saudades dos meses que passaram, de ti mais pequenina, mais dependente, já são tantas! Passou a voar.
A verdade é que estás cada vez mais linda, cada vez mais perspicaz, cada vez interages mais e é tão maravilhoso ver-te aprender, ver-te experimentar, rir (muito), gargalhar (imenso), brincar. Estás tão macaquinha e traquina!

Continuas docinha que só tu, adoras colo, adoras miminhos, beijinhos vagarosos e delicados (chegaste a adormecer assim, enquanto te namorava com beijinhos delicados no pescoço, para acalmares... ai como é bom!). Continuas com os teus gritos estridentes de excitação e satisfação, continuas a amar estar sem fralda, estar nua. E adoras, pois claro, o momento do banho. És maluca pela água, adoras a banheira grande e os teus brinquedos todos que flutuam ao teu redor. Escolhe-os um a um, para os morderes, e não descansas enquanto não apanhas o que seleccionaste para levar à boca. Esforças-te, enervas-te, gritas, resmungas, dás aos braços de frustração, mas não desistes!

Sentas-te sem ajuda desde os cinco meses e meio e adoras brincar sentada. Viras-te sem dificuldade, mas não queres saber de aprender a gatinhar. És maluca por brinquedos de barulho, músicas e luzes e divertes-te imenso no jumperoo. O teu jumperoo foi, sem dúvida, o melhor brinquedo que te ofereci!! Gostas imenso dos teus brinquedos peluche da lamaze e da girafa Sophie, mas andas fascinada pelas etiquetas!!

Com seis meses fizeste a tua primeira viagem. Fomos ao Algarve passar a Páscoa. A viagem de ida custou um pouco, era uma cadeira auto nova, tu tens imenso calor e queixaste-te na primeira parte da viagem. Na volta, optámos por viajar de noite e dormiste a viagem toda.
Aproveitámos para estar em família e passear um pouco. Tu gostaste imenso de ver coisas novas, aliás, andavas tão excitada nos passeios que nunca adormecias, só davas aos pés e braços, enquanto gritavas de satisfação.
Molhaste os pés na piscina pela primeira vez e ficaste muito curiosa sobre aquela água toda. Ficavas a admirar as outras crianças a brincar, mas não foi desta vez que vestiste o teu primeiro fato de banho, pois o tempo não permitiu.

Sempre foste super expressiva com as mãos e adoras admirá-las e brincar com elas, assim como adoras as nossas. Por vezes, quando estás com sono, mas demasiado cansada e excitada para adormecer, é assim que te acalmamos, deixamos-te brincar e mexer nas nossas mãos, o teu pai diz que lhe lês a sina.
Quando estás a observar algo, ficas com as mãos encaixadas uma na outra e brincas polegar com polegar, indicador com indicador, ou então fazes pinça com uma mão e percorres os dedos da outra. Ficaste com o hábito de agarrar tudo em pinça com a mão esquerda, embora tente contrariar. Abres a mão direita e agarras os objectos com os dedos todos, mas a mão esquerda está sempre com o indicador no ar. Não deixa de ser engraçado, filha.

Como estás muito grande e pesada (tinhas mais de dez quilos na consulta dos seis meses), comecei por tentar habituar-te a adormecer na cama e nunca mais adormeceste ao colo. Com pena minha, confesso, pois amo dar-te colo e ainda és tão bebé, mas já não aguento muito tempo. Os teus primeiros meses foram extremamente exigentes e cansativos neste aspecto. Foram muitos dias e noites seguidas, meses a fio, sem te poder pousar ou deitar por causa do refluxo e da esofagite. Mas pareces estar a melhorar, filha. Como eu pedi que este momento chegasse! Já não conseguia ver-te em agonia e sofrimento, era desesperante.
Dizia-te eu que agora adormeces na cama, embora só consigas adormecer comigo ao lado.  E só consegues dormir bem, se sentires que me tens contigo, caso contrário, acordas em 10 minutos.
Continuas com o mesmo hábito de quando eras recém-nascida, o de precisar de nos agarrar/tocar para adormecer.  Quando estás com soninho, esticas logo as mãos a pedir o aconchego do toque, és tão amorosa filhota.
Quando vamos dormir, fazes-me imensos miminhos no rosto, como se o tivesses a interpretar, cada detalhe, para o poderes desenhar. Percorres o nariz, os lábios, o queixo, as bochechas, a testa e até os olhos, enquanto me olhas até o teu olhar se perder no cansaço e adormeceres. Como és doce, meu amor!
Já pedes colo, já "vais" ao colo dos outros. Nunca estranhas as pessoas, mas andas numa fase que não me podes ver longe de ti. Adoras o colinho da mamã, adoras os miminhos e beijinhos da mamã. E é engraçado, que mal vens ao meu colo, agarras-me o rosto e abres a boca encostando-a como que a dar-me beijinhos. Acho que já associaste esta troca de afecto a mim, já que te cubro de beijos o tempo todo! És deliciosa, filha, não resisto!

Até já, meu amor.

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